Apnéia Obstrutiva do Sono (AOS)
Bom dia.
Você já ouviu alguém falar assim: "Nossa acordei tão cansado hoje, até parece que nem dormi direito"? ou "Durante a noite, meu esposo ronca tão alto que só consigo dormir quando ele pára por alguns instantes..." ou até "Acordo irritado e com sono. Já cochilei dirigindo"
Na verdade essas pessoas sofrem do que chamamos de "Apnéia do Sono (AOS)"
A Apnéia Obstrutiva do Sono é um distúrbio que ocorre durante o sono, causada pela obstrução parcial ou total (hipopnéia/apnéia) das vias aéreas por mais de 10seg, ou seja, paradas repetidas e temporárias da respiração enquanto a pessoa dorme. A respiração cessa porque as vias aéreas colapsam, impedindo que o ar chegue até os pulmões.
Segundo artigo publicado por Young T (2002), durante o período de apnéia, o indivíduo sofre diversas complicações, entre elas dessaturação de oxigênio (queda do nivel de oxigênio nos tecidos), podendo evoluir para uma parada cardiorrespiratória.
Os que mais sofrem com esse distúrbio estão na faixa etária entre 30 a 60 anos (maior prevalência), porém não é dificil encontrarmos indivíduos que sofram de apnéia com menor idade.
Em estudo publicado por médicos brasileiros, estima-se que a prevalência de AOS no Brasil é alta, cerca de 13 milhões de pessoas tem apnéia, sendo 9% da população masculina (30-60 anos) e 4% da população feminina (pós menopausa).
Entre os fatores que podem ocasionar a apnéia, estão inclusos:
• Relaxamento acentuado dos músculos que mantém a garganta aberta
• Excesso de tecido mole na garganta dificulta mantê-la aberta
• Obesidade e Sedentarismo
• Amigdalas e adenóides anormais
• Alterações Anatomicas (base da lingua grande, anormalidades do formato da cabeça e pescoço, queixo pequeno)
Já os sintomas são divididos entre: Diurnos e Noturnos:
Além destes sintomas, paciente portadores de Apnéia do Sono apresentam maior risco para doenças cardiovasculares (hipertensão arterial sistêmica, arritmias cardiácas, fibrilação atrial, doença coronariana), Diabetes tipo II, Acidente Vascular Cerebral e até o Infarto Agudo do Miocárdio.
O mais grave é que a maioria dos portadores de AOS, convivem com a doença sem receber o diagnóstico e seguem suas vidas com todos os sintomas e sem o devido tratamento.
O Diagnóstico para esta disfunção é chamado de Polissonografia, um exame realizado no laboratório do sono durante a noite, no qual o indivíduo passa a noite sendo observado por técnicas através de um aparelho chamado polissonógrafo.
O objetivo da polissonografia é identificar possíveis anornalidades nos padrões de sono, distúrbios comportamentais e outras síndromes.
Já existem equipamentos no mercado brasileiro que realizam esse exame de forma confortável e efiente na residencia do paciente. Basta o paciente procurar as Clinicas que dispõe deste recurso e usufruir desta nova tecnologia.
O diagnóstico mostrará se o paciente sofre de AOS e qual o nível em que será classificado. Segundo o I Consenso em Ronco e Apnéia do Sono, pela Sociedade Brasileira do Sono, a o indice de apnéia e hipopnéia (IAH) é defindo:
• IAH até 5: Normal
• IAH de 6 a 15: Leve
• IAH de 16 à 30: Moderado
• IAH acima de 30: Grave
• IAH acima de 30: Grave
Algumas medidas simples podem ajudar a reduzir os sintomas da AOS, como por exemplo: redução de peso, evitar consumo de alcoól noturno, mudança na posição de dormir. Para os casos leves de apnéia, utilizam-se placas intra-orais com o objetivo de manter a região faringea do paciente aberta durante o sono, evitando o colabamento dos músculos faringeos.
Nos casos mais graves (IAH moderado/grave), o fisioterapeuta adaptará um sistema de terapia conhecido como CPAP (termo em inglês cujo o significado é pressão positiva contínua em vias aéras).
O CPAP é um equipamento pequeno com um dispositivo pressórico, ou seja, uma turbina interna que será ajustada pelo fisioterapeuta a fim de oferecer um maior fluxo aéreo, evitando assim as apnéias. Esta pressão varia de acordo com a necessidade de cada um. Ela pode ser fixa (determinada pelo médico) ou variável (dispositivos com algorítimos automáticos que se auto regulam de acordo com a necessidade do paciente).
Nos casos mais graves (IAH moderado/grave), o fisioterapeuta adaptará um sistema de terapia conhecido como CPAP (termo em inglês cujo o significado é pressão positiva contínua em vias aéras).
O CPAP é um equipamento pequeno com um dispositivo pressórico, ou seja, uma turbina interna que será ajustada pelo fisioterapeuta a fim de oferecer um maior fluxo aéreo, evitando assim as apnéias. Esta pressão varia de acordo com a necessidade de cada um. Ela pode ser fixa (determinada pelo médico) ou variável (dispositivos com algorítimos automáticos que se auto regulam de acordo com a necessidade do paciente).
O CPAP é considerado o padrão ouro e de referência para o tratamento da AOS. O sistema de terapia de CPAP é composto por uma interface nasal/facial adaptada no rosto (máscara nasal o facial) e um tubo de conexão (traquéia) entre os dois. O CPAP previne o fechamento e estreitamento das vias aéreas durante o sono, reduzindo o índice de apnéia/hipopnéia e todos os outros sintomas.
Alguns modelos possuem recursos de cartão de memória para o acompanhamento a longo prazo do paciente e terapias de conforto como o alívio expiratório/inspiratório. Essa tecnologia suaviza o fluxo de ar durante o ciclo respiratório, tornado mais confortável a terapia, permitindo a melhor adesão ao tratamento.
O resultado do tratamento com CPAP é a melhor qualidade de vida e o retorno a vida saudavél.